sábado, 30 de janeiro de 2010
Sonente para mulheres num sábado a noite.
Maquiavel é maquiável.
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agora creia, saia e bata a porta da rua.
(Renata Santana)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
12:00
alho
óleo
amido
saudade,
e gordura vegetal...
meio-dia,
e nada pega gosto
ta tudo assim, ta tudo insosso.
(Renata Santana)
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Revelando o Poema Oculto.
Nada de começar janeiro já pagando o presente de amigo secreto que você comprou à crédito.
Ontem, dia 03 de janeiro,
o Coletivo de novos escritores Dremelgas Literárias, arranjou uma solução prático-criativa e realizou o "poema oculto"!
YA!
É o mesmo esquema:
pegue um papel,
leia o nome,
leve pra casa, e
volte no dia da coooooonfraternização com um poema escrito para aquela pessoa!
Surpresa: Eu nunca vi jeito mais gostoso de reconhecer um amigo do que escrever para/sobre ele.
E você ainda pode compartilhar seu presente com os outros!
Segue abaixo o poema oculto que escrevi para o queridíssimo Diogo Testa, e também o poema oculto que a queridíssima Sachiko Shinozaki escreveu para esta gata.
(Detalhe: saber escrever corretamente e sem pestanejar o nome da Sachiko já é um sinal de intimidade fraterna!)
(De Renata S. à Diogo T.)
Olha que cut cut Cult
Andando pela avenida onde o salto parafina.
Pára, fina, e
Acende logo o Lucky Strike, que tão logo a noite termina.
Termina em beijo
Em caso
Em amasso,
Amassa este cigarro
os meninos as meninas,
A massa,
O sucesso,
vaselina,
eu quero mais:
Eu quero brilho e a misancene do espetáculo,
Eu vou comer o teu rabo o teu ato
e poesia
Eu sugo essa tua misantropia e cuspo num copo de plástico,
Sou rato,
Dessa noite furta-cor
Amarelo no Derby Azul y incolor,
Em colosso roendo o osso da noite preta
E pobre
E Isso é Grotovski, meu bem.
Detesto a noite que vai, me Testa na noite que vem,
E não traz,
O sol pro meu tablado, que eu ando
Encharcado sem grana sem salto, e
Subo e rezo e durmo, sem aplauso
No meu apartamento quadrado.
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(De Sachiko S. à Renata S.)
Menina Suburbana
Que mora no templo do mundo
metropolitano sangue quente
Agitado como sua mente.
No seu tempo tem pó
Que tira como sopro
A poeira da vida não incomoda
O mundo gira a sua volta.
Sempre carente
Sempre apaixonada
Coração do seu tamanho
Todo amor é benvindo...
Nos fiteiros faz parada
No entando, não se incomoda
Portugal, Holanda, França
Seu caminho é sem limite.
Menina suburbana
Com pisca-alerta
sempre ligada
é uma criança muito esperta
Isso é o que ela é,
Ela é Renata Santana!
(Renata Santana)
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
A Primeira Deca.
Gente, agora o século (e o milênio) já tem uma década!
Lembra quando a sua professora do primário dizia,
- então, os acontecimentos da primeira década deste século....
E isso parecia tão longínquo que, de alguma maneira, parecia não fazer parte da sua história?
Pois bem. Era tão longe que não nos alcançava.
Distante igual a Luzia de Drummond,
"nem a voz a alcançava, eram quilômetros de silêncio..."
Quilôoometros.
Agora, não mais.
Neste exato primeiro dia da primeira década do século XXI, nós estamos aqui e somos essa década.
Quando estivermos em meados do século 21, em algum livro de história (seja ele um kindle ou um livro impresso mesmo) os alunos vão folhear preguiçosos o capítulo (sim, porque os alunos vão ser sempre preguiçosos), e
olhando bem pra cara da gente, eu vc, vc aíi que se acha tanto,
vão dizer,
-eita, povinho estranho esse!
Não, senhoras,
não vamos estar de vestido longo, com goma nos babados, expressões facias discretas e ladeada por nossos 12 filhos (5 não vingaram) igualmente emgomados. Nada disso.
Senhores, vocês também não vão estar sisudos com seus bigodes agudos, e
deixando pesar sobre as sobrancelhas a guerra ou a tuberculose,
não, não.
Gente, seremos nós!
Os primeiros 10 de 100 anos.
E la estaremos,
modernos, líquidos, sorridentes em fotos digitais com a nossa imagem retocada por softwares de "aperfeiçoamento" que nos ajudam a crer que podemoss ser o que não somos, nós, sim, nós la, sorrindo em nossas poses de orkut, facebook, cheios de graça, e todas as pessoas públicas e personalidades também são lindas e irretocáveis, todos nós vestidos de verde militando para salvar o planeta, poderosos e com medo do fim do mundo em 2012,
todos nós montados com nossa pele de plástico que dura 2 milhões de anos para se deteriorar, sim,
nosso corpo sarado sarado, saudável pra viver 100 anos,
gente,
como somos lindos nas nossas fotos não-espontâneas, olha aqui, olha aqui, olha pra nós,
a gente que adora ser visto e podemos gastar horrores para sermos reconhecidos,
imortais, e
lindos.
Ainda assim,
os preguiçosos alunos de história em meados do século 21,
aprendendo sobre a primeira década do século 21,
eles , os próprios, bem blasé,
vão olhar pra nossa cara de começo de século e vão dizer,
- Eita, povinho estranho.
*(As árvores somos nozes. E nozes somos a primeira Deca).