quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Gata sou eu...

“Ela comeu meu coraçãoTrincou, mordeu, mastigou, engoliu, Comeu, o meu, Ela comeu meu coração, Mascou, moeu, triturou, deglutiu, Comeu, o meu..” (trecho de “A Gata Comeu”)


Antes de alguém dizer que eu estou me autointitulando “gata” por aí, explico.

Este título tem suas razões bem particulares, e digamos, começa a partir de uma gozação da minha espirituosa família para com esta caçula de 22 anos.

Pois quando esta caçula tinha 21 anos, apareceu pelos arredores de nossa residência uma gatinha muito muito fraca.

-Minho... min, miiiin...

Nem miava direito. Não proferia um “Miau” sequer. Pequena, encardida e frágil.

Pois bem. Logo foi adotada pela família.

Lembro que cheguei a noite da faculdade e me deparei com aquele langanho em forma de gata dormindo na área de serviço com um pires de água do lado. "Não vai durar um dia", pensei.

Recebeu o nome de Cíntia (em homenagem a uma das crianças do bairro).

Passados uns dias (“detefon, almofada e trato”), Cíntia começou a ficar forte e crescer. Surpreendeu a todos se tornando uma lapa de gata bonita e.....boémia!

Sim, todos os gatos (até os exessivamente preguiçosos), são boémios, notívagos.
É inerente a raça.
Madrugar por sob os telhados seduzidos pela lua e por todas as asas da noite.
(ai...)

Mas, Cíntia começou a avacalhar.
Saía a noite e voltava diiiias depois. Muitos dias vagando, sumida. Estroina que era.

Quando voltava pra casa, chegava tão silenciosa que todos só percebiam a sua presença quando o sol já estava alto. Aí ela se espreguiçaaaaaaaaaaava como só só os gatos sabem se espriguiçaaaaaaaaaar e dormia o dia todo.

Ficou nessa vida boa até que... saiu e não voltou mais! Nunca mais.

Bem, aí começou, né? Era só esta caçula que vos escreve sair para as madrugadas eufóricas e enfurecidas destes 20 e poucos anos para ser alcunhada (injustamente) de Cíntia.

Eu dormia o sono dos justos (e ressacados) aí quando acordava, vinha o primeiro engraçadinho:
- menino, “Cíntia” chega tão silenciosa que a gente nem percebe, chegasse de que horas, Cíntia?

E mais. Diagnosticaram a minha síndrome de boémia crônica como uma espécie de “cintianismo”. Humpf...
Hoje, todos da minha família perguntam:

- E Cíntia, como vai?

Não, senhores, eles nem se lembram mais da primeira Cíntia. O bichano mesmo.
A Cíntia é,
Ex-clu-si-va-men-te, eu!
A gata, sou eu.

E essa é a minha história.


Renata Santana

terça-feira, 28 de julho de 2009

Porém, já nascemos livres...


Uma gata.


cheia de histórias.


E não só isso.


Uma mulher cheia de palavras, palavrinhas e palavrões.




Esse blog surge como mais uma alternativa de organizar a bagunça dos meus pensamentos.


Não quero dizer que estou pondo ordem em nada.


Mas quero progredir mentalmente (ordem e progresso?)


Talvez isso se dê através de muita muita muita explanação, escólio, anotação.


E como já não suporto guardanapos rasgados dentro da bolsa (outra bagunça, aliás..)


Me rendo ao blog!


E, por favor, puxem a minha orelha virtual se eu começar a relaxar por aqui também!


Continua a lei da subversão (subversão com lei? isso não foi bonito..)


maaas,


como estou cheia de me perder,


agora,


eu me encontro aqui!




Fica a dica.


E não só a dica,


mas os poemas, textos, crônicas, contos, haikais, impressões, diário de bordo (seja navio ou ônibus) e toda e qualquer produção desta gata. Cheia de histórias.


E não só isso...




Abraços aos que virão,




Renata Santana